Incessante e secreta é a grande luta
De quem labora no sigilo da Arte Real.
Vencer antes a si mesmo é a disputa
Do construtor incansável do edifício social.
Com firmeza e honestidade na atitude,
Sem medir qualquer sacrifício,
Vive ele a erguer templos à virtude
E a cavar masmorras ao vício.
Na vida, o maior prazer de que desfruta,
Sem buscar para si outro proveito,
É o polir incessante da pedra bruta.
Reconhece, dessarte, despido de arrogância:
Sou homem e, por isso, imperfeito.
E renega o preconceito, o vício e a intolerância.
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