Julho de 2024, verão para nós. Dia 18, às 7
horas. Manhã de uma quinta-feira ensolarada. Apesar de ter dormido a desoras,
ou seja, muito tarde, acordei cedo. Marabá está deslumbrantemente banhada de
sol. Despertei e, mal escovei os dentes, fui ao banho de sol, na Rua Gaviões,
em frente ao templo da Igreja Cristã Maranata, onde, a contemplar a imensidão,
gosto de meditar de manhã e à tardinha. Meus pensamentos voam.
Olho o sol e a imensidão do céu, que realçam a minha
pequenez. Tudo, lindo e imensamente inspirador, lembra-me o prefácio do livro A Intenção Primeira: um ensaio sobre a
natureza do real, de Eduardo Moreira, escrito pelo filósofo e teólogo
Leonardo Boff. Fisicamente pequeno, mas denso, de conteúdo profundo, o livro é
maravilhoso. Já no prefácio, Boff nos dá, como bofetada, aquela sacudida mental
ao mostrar, com ricas e sapientíssimas palavras, a pequenez do ser humano
diante do Universo.
O banho de sol foi curto, sufocado (a palavra é
exatamente essa) pelo turbilhão dos assuntos que me vêm ao pensamento. Volto para
casa, afim de coar café e tomar bons goles, antes de começar a estudar, ler e
escrever. Além de ler mais de um livro de cada vez, gosto de ler e escrever ao
mesmo tempo. No momento, além da leitura diária de várias crônicas, leio dois
livros, A Intenção Primeira: um ensaio
sobre a natureza do real, de Eduardo Moreira, e O Pescador Ambicioso e o Peixe Encantado: a busca pela justa medida,
de Leonardo Boff.
Recebo pelo WhatsApp
mensagem do meu filho Douglas Correia Monteiro, que mora em Belém e, desde a
noite de ontem, está em Marabá, a trabalho, como faz de vez em quando. Está estudando
hebraico e ficou muito feliz pelo presente que lhe fiz, A Torá Comentada: edição bilíngue hebraico-português, de Brian
Kibuuka. E, do terminal rodoviário, a Câmelha, que vai a Conceição do Araguaia,
com o Samuel, para um encontro de família, avisa-me que estão saindo. Começa
bem o meu dia, graças a Deus!
No quintal, as árvores e as réstias de sol que
lhe atravessam a folhagem formam belíssima paisagem pelo misto de sol e sombra
– mais sombra do que sol – sob o alegre cantar dos passarinhos, inclusivamente de
algumas curicas, que sobrevoam bem alto. Bem diz a Bíblia: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia
as obras de suas mãos” (Sl 19.1).
Aleluia! Vou tomar o meu café.
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