Hoje são 12 de agosto de 2012, Dia dos Pais.
Sim, para quem porventura não se lembra, hoje, segundo domingo de agosto, é
comemorado o Dia dos Pais. Não poderia, pois, deixar de escrever alguma coisa,
à guisa de registro da efeméride, porque sou pai e, principalmente, porque sou
filho. Parabéns a todos os pais, pelo seu dia! Que me seja permitido, contudo,
falar de um pai especial: o meu.
Meu pai, João Belizário de Souza, já não está
entre nós. Deixou-nos dia 20 de janeiro de 2007, quando partiu para a
eternidade, na viagem sem volta a que se sujeitam todos os mortais. Por mais
que seja desnecessário dizer, eu o digo: foi um dia muito triste. Já o disse,
aliás, na crônica “Ab imo pectore,
meu pai”, que, à época, publiquei no jornal Correio do Tocantins e nos meus blogues, e, algum tempo depois, no
volume IV da Antologia Literária Cidade.
Assim, como homenagem a todos os pais, mas, principalmente,
ao meu pai, permito-me repetir o penúltimo parágrafo de “Ab imo pectore, meu pai”:
Ah, meu pai, como gostaria de descrever no
texto mais lindo de todos, fosse em prosa ou em versos, seu caráter, sua
pessoa, sua inteligência, seus sonhos de toda a vida que não se concretizaram,
sua figura de homem pobre, simples, sofredor, mas, acima de tudo, lutador,
sonhador, trabalhador impoluto, pai extremado!
Repito, demais disso, o período gramatical
que encerra o último parágrafo da crônica “Preito de gratidão”, escrita na
noite de 30 de dezembro de 2009, também publicada no jornal e nos blogues, bem
como, depois, no volume V da Antologia
Literária Cidade: “Não anseio por glória maior do que ser para meus filhos
o herói que meu pai, João Belizário de Souza, pobre e analfabeto, foi e sempre
será para mim!”
Emotivo – o que, talvez, se torna mais
acentuado pelos medicamentos que tomo diariamente – não posso encerrar essa
crônica sem o registro de que não consegui evitar as lágrimas, sozinho, aqui no
meu cantinho de sempre. Não, não pude. Foi impossível, como impossível tem sido
todas as vezes que releio “Ab imo
pectore, meu pai”. Sim, eu chorei e choro, não por querer, mas por não
poder evitar. “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”, diz a Bíblia
(Mt 5.4).
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