quarta-feira, 5 de maio de 2021

Mudanças e as nossas listas no dia a dia

 

Eu, você – todos nós – temos as nossas listas, conscientemente ou não. Refiro-me às listas recomendadas por Oswaldo Montenegro, na música A Lista, obra de cunho existencial e, sem dúvida, uma das mais belas canções do mundo. A Lista me fala, de forma profunda, à mente e ao coração! Creio que o faça a você também, a todo mundo, digo, a todo ser humano em pleno gozo das faculdades mentais, pois é impossível que seja diferente. 

Poderia, entretanto, estar me referindo a outras listas. Por exemplo, à lista dos bons e à lista dos maus, às quais nos remetem, respectivamente, mas não necessariamente nesta ordem, A Lista de Schindler, de Thomas Keneally, e a Lista Negra, de Jon Bokenkamp. Sim, por que não? Todos nós, reconheçamos ou não, temos inúmeras listas. E, para ficarmos aqui apenas em duas dessas tantas, vale a pena refletir sobre o alcance e a finalidade das nossas listas a que nos remetem ambas, A Lista de Schindler e a Lista Negra. 

Como disse, porém, refiro-me às listas que nos encomenda Oswaldo Montenegro, precisamente à dos amigos e à dos sonhos, com os respectivos desdobramentos. Puxa vida, as minhas são enormes, quase intermináveis! E as suas, leitor? Ouça a canção ou, na impossibilidade de fazer isso, leia o poema de Oswaldo Montenegro. Caramba, fenomenal! Daria – aliás, dá – para escrever vários tratados. A cada minuto passado, já não somos quem éramos. Mudamos muito, o tempo todo, do nascimento até a morte. 

A vida tem-me ensinado muito sobre todos os aspectos, não raro, a duras penas. E, muitas vezes, tenho o terrível sentimento – talvez ingrato também – de que isto ou aquilo me foi ensinado demasiadamente tarde por ela. Dúvidas e sentimentos existenciais que violentamente me sacodem, movem e locomovem as convicções. Tenho, cada dia mais acentuadamente, muitas dúvidas das muitas certezas de muitos por aí afora, assim como tenho muito medo dos donos da verdade. 

Faça suas listas. E, mais do que isso, aprenda com elas.


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