Meus Amados e
Poderosos Irmãos!
Nascido em 9 de
fevereiro de 1948, falece hoje, 20 de outubro de 2015, nosso Ir∴ Benedito Barbosa Macias.
Foi da vontade e
santos desígnios do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, o Criador, Senhor
e Mantenedor do Mundo e Suas Criaturas Morais, que nós, maçons do quadro da
Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Firmeza e Humanidade Marabaense” n.º 6,
da jurisdição da Mui Respeitável Grande Loja do Estado do Pará, estivéssemos
aqui, como estamos, nesta hora, em cerimônia fúnebre de Velório Corpo Presente,
pranteando o desenlace do nosso amado Ir∴ Benedito Barbosa
Macias, e que fosse eu o Orador da Oficina, como sou. Sim, foi este o desígnio
do Grande Arquiteto do Universo. Cumpro eu, pois, o meu dever de Orador,
conquanto me sinta nesta hora tão pequenino para a tarefa diante da grandeza do
irmão falecido, tanto maçônica quanto profanamente falando. Dever, doloroso
dever, ninguém o olvide.
Maçom valoroso,
natural de Goiás, de boa estirpe, marido amoroso e pai extremado, Benedito
Barbosa Macias nasceu no dia 9 de fevereiro de 1948, filho de Lourival Augusto
Macias e de Raimunda Barbosa Macias. Nasceu, cresceu e viveu toda a sua vida –
inescusável deixar de falar –, grande parte dela dedicada, carinhosa e
zelosamente, à Sublime Ordem, à Arte Real, como exemplo de pedreiro-livre a ser
copiado e seguido orgulhosamente por todos nós.
Casado, em 24 de
setembro de 1977, com a jovem Senhorita Ilda Noceti – agora nossa vitalícia
cunhada Ilda Noceti Macias – deixa órfãos de pai os nossos amados sobrinhos
Benedito Barbosa Macias Filho e Brenda Macias, aos quais, com o inestimável
auxílio da não menos dedicada e virtuosa esposa, sua ajudadora fiel, criou
zelosamente e encaminhou na vida, fazendo-os verdadeiros cidadãos do Pará, do
Brasil e (por que não o dizer?) do mundo.
Era educado, falava
baixo e mansamente. Dedicado à busca do conhecimento, estudou até o ensino
superior incompleto e se dedicava sempre ao estudo de assuntos maçônicos. Como
profissão, exerceu a mercancia, dando assim, de forma ordeira, a sua
contribuição econômico-social para nossa cidade, nosso Estado e nosso país.
Era, por excelência, como deve ser todo maçom, um exímio e meticuloso cumpridor
de seus deveres, tanto maçônica quanto profanamente falando.
Iniciado nos
augustos mistérios da nossa Sublime Ordem, em 6 de abril de 1986, aos 38 anos
de idade, foi elevado a Companheiro Maçom em 24 de outubro de 1986 e exaltado
Mestre Maçom em 13 de maio de 1987. Na Maçonaria exerceu, zelosa e brilhantemente,
quase todos os cargos, tanto na Maçonaria Simbólica quanto nos demais corpos,
comumente chamados de Graus Filosóficos ou Altos Graus. Foi iniciado no Grau 1,
como Aprendiz Maçom, e galgou até o último dos graus – o Grau 33, Grande
Inspetor Geral – do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito
da Maçonaria para a República Federativa do Brasil.
Era dedicado ao
extremo à ritualística, qualidade sua que confessadamente sempre admirei. Era
um professor de nós! Faleceu como Venerável de Honra da Augusta e Respeitável
Loja Simbólica “Firmeza e Humanidade Marabaense” n.º 6, e, nos Graus
Filosóficos, como Grande Inspetor Litúrgico da 3.ª Região do Estado do Pará do
Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a
República Federativa do Brasil. Era maçonicamente – repito – o professor de
todos nós, que, nesse aspecto, ficamos todos órfãos e mais pobres.
A Maçonaria, meus
amados e valorosos irmãos, é, como todos nós sabemos, Deus, Pátria e Família, e
o nosso Ir∴ Benedito Barbosa Macias cumpriu como
maçom seus deveres em todos esses sentidos. Teve a sua fé, professando a sua
religião, conforme os livres ditames de sua consciência. Serviu e honrou sua
pátria, pelas efetivas atividades em sua cidade e seu Estado. Foi filho, foi
marido, foi pai, foi dedicado e valoroso em todos esses misteres. Não tenhamos
jamais dúvida disso!
Executa-se, mais
uma vez, a sentença prolatada lá no Éden por causa do pecado de Adão, conforme
atesta o Livro da Lei, em Gênesis 3.19: “Memento, homo, quia pulvis es et in
pulverem reverteris.” (“Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó tornarás.”)
É o curso natural da vida.
Vá, meu Ir∴ Benedito Barbosa Macias, para o lugar que lhe está destinado na
eternidade! Aqui ficaremos nós, tristes e saudosos, enquanto nos permitir o
Grande Arquiteto do Universo, que é Deus! Seu nome, sua pessoa, sua lembrança e
suas obras continuarão sempre conosco, porque estão em nossa mente e em nosso
coração. Until the end of times! (Até o fim dos tempos!)
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