Há dois anos, na noite de 28 para
29 de novembro de 2013, por volta das 22 horas, falecia no Hospital Regional do
Sudeste do Pará "Dr. Geraldo Veloso" a minha mãezinha, Antônia
Monteiro de Souza, dona Cuqui, como era íntima e carinhosamente chamada por
parentes e amigos. Perdi a minha mãezinha!
Mamãe! Ah, mamãe!...Tenho chorado
sozinho ao longo desses dois anos, no recesso do meu lar, em variadas horas do
dia ou da noite, a dor inconsolável dessa perda. É natural que seja assim, eu
sei. Haverei de continuar chorando, porque minha mãe, igual todas as mães, é
inesquecível e, claro, insubstituível.
Não é saudade eterna, porque eu
creio na vida futura, no céu com o Pai, onde tudo será diferente: é, contudo, saudade
para toda a vida. Saudade boa, mas doída sempre, à qual se vão somando outras
saudades, tal qual esta a outras saudades se somou. É a vida, com as suas
perdas inevitáveis. Antes da minha mãe, perdi meu pai, meu irmão Raimundo e meu
tio Américo. Antes deles, perdera minha sogra, dona Ana. Agora, dia 17, perdi minha
tia Maria do Carmo, a tia Neguinha.
O choro e a saudade pela perda de
um ente querido são sempre inconsoláveis, por se saber que não haverá volta,
pois a morte não é o fim da história, mas é o fim da vida na terra. A Bíblia
Sagrada fala disso. Lembra-me sempre o choro de Raquel: “Em Ramá se ouviu uma
voz, lamentação, choro e grande pranto; era Raquel chorando os seus filhos e
não querendo ser consolada, porque já não existiam” (Mt 2.18). Nossos entes
queridos que se foram estarão sempre conosco, porque seus feitos, gestos e
palavras estão em nossa mente e nosso coração, mas a lembrança, por lembrar a
perda, dói e dói muito sempre.
Há, contudo, se não o consolo
nesta vida, a esperança na vida futura, após a morte. (Falo aos que creem como
eu creio. Quem não crê fique em paz com sua consciência e sua descrença. Somos
amigos da mesma forma.) Diz, pois, a Bíblia: “E Deus limpará de seus olhos toda
lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as
primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4).
Deus, ó Deus, ao teu nome toda a
honra e toda a glória, pela eternidade! Mamãe, ó mamãe, ainda que eu não
escreva outras crônicas, tu estarás comigo, na mente e no coração, enquanto
vida eu tiver. Until the end of times.
Até o fim dos tempos. Obrigado por tudo, por teres sido a minha mãe!
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