segunda-feira, 30 de abril de 2012

Crimes e atrocidades em nome da religião


Crimes, preconceito, intolerância e atrocidades de toda a ordem têm sido perpetrados em nome da religião, no correr das eras. Eu tenho medo, muito medo, dos donos da verdade. É terrível isso! 

Ninguém pense, contudo, que sou ou estou me tornando antirreligioso. Não, eu só me dou o direito de pensar, de raciocinar e de não aceitar calado tudo aquilo de que discordo e que muitas vezes, em nome da religião e de outras tantas verdades, querem impor a tudo e a todos.

Não, eu não aceito. Por formação acadêmica, por convicções religiosas e filosóficas e pelas minhas idiossincrasias, pela índole pessoal mesma. Usando um pouco (talvez muito) de gíria: sou advogado, sou maçom e sou vacinado. Não gosto de gente debochada, claro, mas não estou nem aí para hereges, preconceituosos, intolerantes e coisas que o valham.

Como diz, com muita sabedoria, Marilena Chaui: "A verdade é, ao mesmo tempo, frágil e poderosa. Frágil porque os poderes estabelecidos podem destruí-la, assim como as mudanças teóricas podem substituí-la por outra. Poderosa, porque a exigência do verdadeiro é o que dá sentido à existência humana."

Concordo com Marilena Chaui. Mas, se fosse o caso, poderia discordar. Sim, por que não? Eu sou assim, não sei os outros crentes. Só para encerrar, mas sem nexo algum talvez, faço minhas as palavras de Fagundes Varela, no "Cântico do Calvário", vazadas neste verso: "Cegou-me tanta luz! Errei, fui homem!"

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