Crimes,
preconceito, intolerância e atrocidades de toda a ordem têm sido perpetrados em
nome da religião, no correr das eras. Eu tenho medo, muito medo, dos donos da
verdade. É terrível isso!
Ninguém
pense, contudo, que sou ou estou me tornando antirreligioso. Não, eu só me dou
o direito de pensar, de raciocinar e de não aceitar calado tudo aquilo de que
discordo e que muitas vezes, em nome da religião e de outras tantas verdades,
querem impor a tudo e a todos.
Não,
eu não aceito. Por formação acadêmica, por convicções religiosas e filosóficas
e pelas minhas idiossincrasias, pela índole pessoal mesma. Usando um pouco
(talvez muito) de gíria: sou advogado, sou maçom e sou vacinado. Não gosto de
gente debochada, claro, mas não estou nem aí para hereges, preconceituosos,
intolerantes e coisas que o valham.
Como
diz, com muita sabedoria, Marilena Chaui: "A verdade é, ao mesmo tempo,
frágil e poderosa. Frágil porque os poderes estabelecidos podem destruí-la,
assim como as mudanças teóricas podem substituí-la por outra. Poderosa, porque
a exigência do verdadeiro é o que dá sentido à existência humana."
Concordo
com Marilena Chaui. Mas, se fosse o caso, poderia discordar. Sim, por que não?
Eu sou assim, não sei os outros crentes. Só para encerrar, mas sem nexo algum
talvez, faço minhas as palavras de Fagundes Varela, no "Cântico do
Calvário", vazadas neste verso: "Cegou-me tanta luz! Errei, fui
homem!"
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