Na crônica “Bienais”, Carlos Heitor Cony diz que “tirante a própria vida, nada é gratuito na vida. Não há almoços grátis”. Achei interessante essa tirada conyana! Dá até para, à guisa de um ditado, escrever assim: “Tirante a própria vida, nada é gratuito na vida. Não há almoços grátis.”
Ler isso me fez lembrar a diferença entre preço e valor, embora a crônica de Cony não trate do assunto. Simples assim. Muitos confundem preço com valor, o que, com efeito, embora seja natural, não é bom. Não quero formular conceitos ou definições. Só quero escrever algumas considerações sobre ambos, até porque entendo que o preço de tudo quase sempre está aquém do valor, conquanto o contrário disso, às vezes, também ocorra.
Preço é preço, valor é valor: preço e valor não se confundem, são diferentes. É lógico que isso é óbvio, mas eu gosto, não raro, de discutir o óbvio. Que eu saiba, discutir o óbvio não é proibido, pode ser chato ou sem graça, mas proibido não é. Beleza, isso basta. Quem gostar gostou, obrigado! Quem não gostar não gostou, desculpe-me! Às vezes pode parecer que sou chato propositadamente, mas garanto que não o faço por querer. Cuidado, leitor, com o óbvio!
A não ser do ponto de vista meramente vulgar, não se deve jamais ou, pelo menos, não se deveria confundir preço com valor ou vice-versa. A confusão, contudo, existe e, pode até parecer que não, mas muitos problemas também existem por causa dela. Logo, é preciso conhecer o valor da vida e das coisas, para lhes atribuir o preço justo. Mas não somente por isso e para isso.
Há coisas cujo preço é irrisório, mas o valor é inestimável. Será que a recíproca é verdadeira? Sei lá!... Penso que não. A vida, por exemplo, não tem preço, mas o seu valor é inestimável. Claro que isso é óbvio e, certamente, todos o sabem. O que, todavia, também é óbvio e muitos não sabem é que a omissão de quem deixa de pagar o preço, às vezes até muito baixo, impõe sofrimento desnecessário a pessoas inocentes, quando não as leva à morte.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3,1). Estamos em 2010, que é ano de eleições em todo o Brasil. É, portanto, o tempo propício ao eleitor para analisar bem o que vê, lê e ouve, a fim de distinguir o preço e o valor atribuídos a isto ou aquilo por este ou aquele candidato postulante deste ou daquele cargo. O eleitor, agora mais do que nunca antes, deve utilizar bem os seus sentidos: abrir os olhos, limpar os ouvidos, raciocinar, decidir e agir.
“Birds of a feather flock together” (“Pássaros da mesma pena voam juntos”), já diz um provérbio em inglês. “A onça não é dialética”, alguém já o disse com muita sabedoria. Eu, contudo, na luta entre a onça e o ser humano, estarei com este, ninguém duvide. É claro. A onça que se dane!
O eleitor precisa pagar o preço, sem se esquecer de pensar no valor. E o candidato não deve pagar por coisa alguma do eleitor, principalmente pelo voto, porque a lei o proíbe e porque a lei tem a sua razão de ser, embora candidatos e mais candidatos, eleitores e mais eleitores pensem diferente. A omissão é o refúgio dos fracos, quando não dos covardes, mas é também arma letal quando praticada pelo Estado, na pessoa do legislador, do administrador, do juiz ou de qualquer outro agente público.
Ler isso me fez lembrar a diferença entre preço e valor, embora a crônica de Cony não trate do assunto. Simples assim. Muitos confundem preço com valor, o que, com efeito, embora seja natural, não é bom. Não quero formular conceitos ou definições. Só quero escrever algumas considerações sobre ambos, até porque entendo que o preço de tudo quase sempre está aquém do valor, conquanto o contrário disso, às vezes, também ocorra.
Preço é preço, valor é valor: preço e valor não se confundem, são diferentes. É lógico que isso é óbvio, mas eu gosto, não raro, de discutir o óbvio. Que eu saiba, discutir o óbvio não é proibido, pode ser chato ou sem graça, mas proibido não é. Beleza, isso basta. Quem gostar gostou, obrigado! Quem não gostar não gostou, desculpe-me! Às vezes pode parecer que sou chato propositadamente, mas garanto que não o faço por querer. Cuidado, leitor, com o óbvio!
A não ser do ponto de vista meramente vulgar, não se deve jamais ou, pelo menos, não se deveria confundir preço com valor ou vice-versa. A confusão, contudo, existe e, pode até parecer que não, mas muitos problemas também existem por causa dela. Logo, é preciso conhecer o valor da vida e das coisas, para lhes atribuir o preço justo. Mas não somente por isso e para isso.
Há coisas cujo preço é irrisório, mas o valor é inestimável. Será que a recíproca é verdadeira? Sei lá!... Penso que não. A vida, por exemplo, não tem preço, mas o seu valor é inestimável. Claro que isso é óbvio e, certamente, todos o sabem. O que, todavia, também é óbvio e muitos não sabem é que a omissão de quem deixa de pagar o preço, às vezes até muito baixo, impõe sofrimento desnecessário a pessoas inocentes, quando não as leva à morte.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3,1). Estamos em 2010, que é ano de eleições em todo o Brasil. É, portanto, o tempo propício ao eleitor para analisar bem o que vê, lê e ouve, a fim de distinguir o preço e o valor atribuídos a isto ou aquilo por este ou aquele candidato postulante deste ou daquele cargo. O eleitor, agora mais do que nunca antes, deve utilizar bem os seus sentidos: abrir os olhos, limpar os ouvidos, raciocinar, decidir e agir.
“Birds of a feather flock together” (“Pássaros da mesma pena voam juntos”), já diz um provérbio em inglês. “A onça não é dialética”, alguém já o disse com muita sabedoria. Eu, contudo, na luta entre a onça e o ser humano, estarei com este, ninguém duvide. É claro. A onça que se dane!
O eleitor precisa pagar o preço, sem se esquecer de pensar no valor. E o candidato não deve pagar por coisa alguma do eleitor, principalmente pelo voto, porque a lei o proíbe e porque a lei tem a sua razão de ser, embora candidatos e mais candidatos, eleitores e mais eleitores pensem diferente. A omissão é o refúgio dos fracos, quando não dos covardes, mas é também arma letal quando praticada pelo Estado, na pessoa do legislador, do administrador, do juiz ou de qualquer outro agente público.
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