Constituição Federal, aberta sobre a mesa. Olho e vejo o que está escrito: “O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas. A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências. A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.” É o artigo 218 (do enunciado principal, que chamamos de caput, ao parágrafo segundo, que na forma jurídica escrevemos: art. 218, caput e §§ 1.º e 2.º).
Atento para a redação do texto, pois amo a linguagem jurídica, minha ferramenta de trabalho. Amo, porque é ferramenta de trabalho e porque é realmente bela, como bela em seu todo é a Língua Portuguesa. “O advogado, trabalhando, ou escreve, ou fala”, diz Eliasar Rosa, no livro Os Erros Mais Comuns nas Petições. É verdade. Daí ser muito agradável ler uma petição, uma sentença ou qualquer outra peça jurídica bem redigida, assim como assistir à falação de um profissional do Direito ou de qualquer outro segmento que vele pela linguagem escorreita.
De repente, esqueço involuntariamente os aspectos gramaticais da linguagem jurídica e deixo-me levar por lucubrações científicas e filosóficas. São hipóteses, indagações, afirmações, negações, teses, antíteses, sínteses, conjecturas e refutações, não necessariamente nessa ordem. Aliás, Conjecturas e Refutações é o título de uma das obras mais importantes de Karl Popper, sobre Filosofia da Ciência. Leitor de histórias de ficção científica, lembro-me do “choque anafilático do organismo cibernético”, do conto “O Menino e o Robô”, de Rubens Teixeira Scavone; do cérebro positrônico de Elvex, um dos robôs do conto “Sonhos de Robô”, de Isaac Asimov; do processo mesmérico de monsieur Valdemar, do conto de Edgar Allan Poe. Penso nas especulações do pós-humano, nas indagações atuais da Filosofia da Mente.
Muitos, notadamente os fanáticos religiosos, podem até dizer que isso tudo é loucura, mas não é. Não, não é loucura: é a capacidade demasiadamente fascinante de que, na perspectiva mesma da religião, Deus dotou o ser humano, homem e mulher. A ciência e a tecnologia me assustam e me fascinam na mesma intensidade, até porque enquanto se assiste boquiaberto à quase humanização dos autômatos, sofre-se cada dia mais os efeitos devastadores da prepotência, intolerância e robotização dos humanos, cada vez mais acentuadas, embora isso tudo, por si só, nada tenha que ver com ciência e tecnologia.
A Constituição Federal manda que o progresso das ciências receba tratamento prioritário do Estado e a pesquisa tecnológica, obviamente também com esse tratamento, seja voltada preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros, vale dizer, para o bem da humanidade e para fins pacíficos. E isso tudo tem também muito que ver com ficção científica e literatura fantástica, sim. Basta lembrar que muito da realidade científica e tecnológica de hoje, no passado não muito distante, era objeto tão somente da ficção científica.
Cronicazinha chata, desenxabida?... Bom, pode até ser. Eu, contudo, já parei. Não se preocupe, por conseguinte, o leitor que se desagradou ou que, pelo menos, não gostou. Discordar e desconcordar são a mesma coisa? Eu sei, mas não vou dizer, pelo menos por enquanto. Haverá quem goste, disso não tenho dúvida. Afinal, essas foram apenas pequenas divagações e lembranças que me vieram à mente e fiz por deixar registradas.
Atento para a redação do texto, pois amo a linguagem jurídica, minha ferramenta de trabalho. Amo, porque é ferramenta de trabalho e porque é realmente bela, como bela em seu todo é a Língua Portuguesa. “O advogado, trabalhando, ou escreve, ou fala”, diz Eliasar Rosa, no livro Os Erros Mais Comuns nas Petições. É verdade. Daí ser muito agradável ler uma petição, uma sentença ou qualquer outra peça jurídica bem redigida, assim como assistir à falação de um profissional do Direito ou de qualquer outro segmento que vele pela linguagem escorreita.
De repente, esqueço involuntariamente os aspectos gramaticais da linguagem jurídica e deixo-me levar por lucubrações científicas e filosóficas. São hipóteses, indagações, afirmações, negações, teses, antíteses, sínteses, conjecturas e refutações, não necessariamente nessa ordem. Aliás, Conjecturas e Refutações é o título de uma das obras mais importantes de Karl Popper, sobre Filosofia da Ciência. Leitor de histórias de ficção científica, lembro-me do “choque anafilático do organismo cibernético”, do conto “O Menino e o Robô”, de Rubens Teixeira Scavone; do cérebro positrônico de Elvex, um dos robôs do conto “Sonhos de Robô”, de Isaac Asimov; do processo mesmérico de monsieur Valdemar, do conto de Edgar Allan Poe. Penso nas especulações do pós-humano, nas indagações atuais da Filosofia da Mente.
Muitos, notadamente os fanáticos religiosos, podem até dizer que isso tudo é loucura, mas não é. Não, não é loucura: é a capacidade demasiadamente fascinante de que, na perspectiva mesma da religião, Deus dotou o ser humano, homem e mulher. A ciência e a tecnologia me assustam e me fascinam na mesma intensidade, até porque enquanto se assiste boquiaberto à quase humanização dos autômatos, sofre-se cada dia mais os efeitos devastadores da prepotência, intolerância e robotização dos humanos, cada vez mais acentuadas, embora isso tudo, por si só, nada tenha que ver com ciência e tecnologia.
A Constituição Federal manda que o progresso das ciências receba tratamento prioritário do Estado e a pesquisa tecnológica, obviamente também com esse tratamento, seja voltada preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros, vale dizer, para o bem da humanidade e para fins pacíficos. E isso tudo tem também muito que ver com ficção científica e literatura fantástica, sim. Basta lembrar que muito da realidade científica e tecnológica de hoje, no passado não muito distante, era objeto tão somente da ficção científica.
Cronicazinha chata, desenxabida?... Bom, pode até ser. Eu, contudo, já parei. Não se preocupe, por conseguinte, o leitor que se desagradou ou que, pelo menos, não gostou. Discordar e desconcordar são a mesma coisa? Eu sei, mas não vou dizer, pelo menos por enquanto. Haverá quem goste, disso não tenho dúvida. Afinal, essas foram apenas pequenas divagações e lembranças que me vieram à mente e fiz por deixar registradas.
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