A trajetória de um
dia...
É, pouco ou muito,
tudo o que se faz
É a rotina – doce, amarga
ou indiferente –
De gente pobre e
fraca que com tudo se apraz,
Ou de gente rica e
audaz que de tudo se ressente
A trajetória de um
dia...
É o espaço físico da
curta, ou longa rotina
É a medida do medo na
palavra da bravata
É o resvalar muito
inglório que apouca e amofina
Na angústia bolorenta
da incerteza que mata
A trajetória de um
dia...
É a aura viva da
esperança que conduz
E se não deixa
aniquilar pelo ato que desampara
É a força
imarcescível do ânimo que reproduz
A alegria do recomeço
na resiliência tão cara
A trajetória de um
dia...
É incerteza, medo e angústia
em compasso de espera,
Mas é também esperança,
que não morre nem cansa
É o recomeçar depois
de um fim, com esperança de acertar
É vida a se abrir no que
nasce sem se fechar no que morre
A trajetória de um
dia passa, finda, mas principia!
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