Hoje, 20 de agosto, comemora-se no Brasil o
Dia do Maçom (o Dia Internacional do Maçom é comemorado em 22 de fevereiro). A
comemoração do Dia do Maçom em 20 de agosto está relacionada com a proclamação
da independência do Brasil, embora a pesquisa histórica mais aprofundada diga
que a data correta é 9 de setembro e não 20 de agosto. Isso tem, contudo, apenas
relevância histórica, pois já se consagrou comemorar em 20 de agosto.
Muito bem. Sou maçom, para ser exato, mestre
maçom. Acredito nos ensinamentos da Ordem Maçônica e tenho, por isso, a obrigação
irrecusável de pautar minha vida, no meio maçônico e fora dele, pelos princípios,
dogmas e doutrinas que nos são transmitidos com o fim de combater a ignorância
em todas as suas formas, o obscurantismo, o preconceito, o vício, a mentira, o
fanatismo e a superstição.
A
Maçonaria tem por causa a verdade, a liberdade e a luz moral, e ensina que o
Grande Arquiteto do Universo – Deus, para nós cristãos –, deu a liberdade ao
homem como o mais precioso dos bens, o patrimônio inalienável da humanidade, a cintilação
celeste que nenhum poder tem o direito de obscurecer ou apagar e a fonte de
todos os sentimentos de honra e dignidade. Não é segredo, está escrito em
nossos rituais e, de forma indelével, gravado em nossa mente, para ser seguido,
ensinado e defendido.
O maçom
jamais poderá transigir acerca da liberdade própria ou de outrem, pois seria abjurar
da honra do grau, submeter-se à mais grave mutilação psicológica e renunciar,
covarde e abjetamente, à condição de iniciado nos mistérios da sublime Ordem.
Nenhum interesse político, religioso, econômico, financeiro ou de qualquer
outra espécie deverá conspurcar a atuação do maçom, levando-o a transigir com
quem atenta contra a liberdade.
Não pode o maçom aceder a qualquer tipo de
superstição ou fanatismo, esteja em jogo o interesse que estiver, político,
religioso, econômico, financeiro ou de qualquer outra espécie, pois o fanático e
o supersticioso não são livres. A Maçonaria não combina com opressão, pois,
como Escola de Moral, ensina que a liberdade é a fonte de todos os sentimentos
de honra e de dignidade. Um ser humano sem honra e sem dignidade é um ser
humano morto, a saber, um cadáver.
No Brasil, está escrito no artigo 5.º, inciso
II, da Constituição que ninguém será obrigado a fazer ou deixar alguma coisa,
senão em virtude da lei. É réu de juízo, sujeito a processo, julgamento e
condenação, quem, a qualquer título, seja pessoa física ou jurídica, por abuso
de direito e atentado contra a liberdade, submeter alguém a vexame causando-lhe
dano, ainda que exclusivamente moral, por mais poderosa que seja a pessoa
infratora.
A Maçonaria tem por lema “Liberdade, Igualdade
e Fraternidade”. A Constituição da República Federativa do Brasil é, pois, desse
ponto de vista, um documento maçônico, porque, invocando a proteção de Deus, proclama
já no preâmbulo a liberdade, a igualdade e a fraternidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário