quarta-feira, 13 de junho de 2012

Meu erro, aliás, um deles


“O meu erro é achar que as pessoas vão gostar de mim tanto quanto eu gosto delas.” Puxa vida, vi essa frase no Facebook, atribuída a Alan Harper, e simplesmente a amei, porque me identifico muito com ela. Não me preocupei em conferir a autoria nem a veracidade de sua existência, porque ela é tão verdadeira em minha vida, que poderia muito bem ter sido dita ou escrita por mim. É assim que acontece comigo: tenho problemas, às vezes, porque penso que as pessoas vão gostar de mim tanto quanto gosto delas. Penso que, às vezes, minha amizade se torna pesada por não ser compreendida. Que me perdoem as vítimas das minhas inconsequências involuntárias.

Não diria que é o meu erro: digo que é um deles, porque tenho muitos erros. Sou um poço ou amontoado de imperfeições e tenho medo de pessoas perfeitas, porque tenho convicção de que elas não existem. Sem querer aqui fazer a clássica e tão falada distinção entre amigos e colegas – até porque, na acepção restrita que se atribui ao termo, amigo não existe –, gosto de ter amigos e do contato com eles. Gosto de conversar desinteressadamente, apenas para conversar, porque isso me faz bem. Quem me conhece há mais tempo sabe disso e o comprova, embora não seja necessário.

Às vezes, fico horas e horas na rede mundial de computadores ou internet, como mais se usa dizer, conversando com pessoas amigas pelo Messenger, pelo Facebook e pelo Orkut. É hoje um deleite que a tecnologia nos possibilita, sem muito custo financeiro. Tenho, por isso, amigos de ambos os sexos de várias partes do Brasil, com os quais mantenho contato diariamente, com alguns deles até várias vezes por dia. Também gosto de pegar o telefone – fixo, ou celular, não importa – e ligar, desinteressadamente, para pessoas amigas, apenas para conversar. Não raro, faço ligações de 15, 20 minutos ou mais, somente para conversar. Embora não seja rico, ouso fazer isso e o faço porque tenho convicção de que se deve fazer o que gosta enquanto é vivo. Depois de morto, ficam apenas as lembranças e lamentações, quando não as intrigas e disputas patrimoniais. Credo!

Conversar, sorrir, brincar descontraidamente me faz bem, como tenho certeza que faz bem a qualquer ser humano normal, porque é ínsita à natureza humana a necessidade de comunicação, a necessidade da boa conversa como diversão. É bom falar e ouvir, quando isso é feito com as pessoas de quem gostamos, aquelas cuja presença, contato ou mesmo a simples lembrança nos dá prazer. Tenho paixão, na acepção de que gosto imensamente, pelas pessoas amigas, embora nem sempre seja correspondido ou, ao menos, compreendido.

Gosto, semelhantemente, de ajudar e ser ajudado, quando há necessidade. Certamente por ser maçom, esse sentimento, a cada dia, fica mais forte na minha vida, porque aprendi na Maçonaria que, com cordialidade e à medida das minhas possibilidades, devo ajudar e amparar o irmão maçom ou todo aquele que necessita da minha assistência. Não é, contudo, necessário ser maçom para ter a obrigação de fazer o bem. Quem não pode fazer bem, que, ao menos, não faça mal. Simples assim. Acredito nisso e, por acreditar, o pratico quando posso e defendo sempre.

Tenho paixão pelas pessoas, embora não seja tolo e até seja capaz de matar, se isso for necessário para defesa contra injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem. A lei penal brasileira e, mais do que ela, o direito natural me autoriza e até me impõe fazê-lo como dever universal. Isso, todavia, é outra história. Um abraço especial nos meus amigos e um beijo afetuoso nas amigas, hoje e sempre, porque isso faz bem. Como alguém já escreveu belamente: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

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