“O meu erro é achar que as pessoas vão gostar
de mim tanto quanto eu gosto delas.” Puxa vida, vi essa frase no Facebook, atribuída a Alan Harper, e simplesmente
a amei, porque me identifico muito com ela. Não me preocupei em conferir a
autoria nem a veracidade de sua existência, porque ela é tão verdadeira em
minha vida, que poderia muito bem ter sido dita ou escrita por mim. É assim que
acontece comigo: tenho problemas, às vezes, porque penso que as pessoas vão
gostar de mim tanto quanto gosto delas. Penso que, às vezes, minha amizade se
torna pesada por não ser compreendida. Que me perdoem as vítimas das minhas inconsequências
involuntárias.
Não diria que é o meu erro: digo que é um
deles, porque tenho muitos erros. Sou um poço ou amontoado de imperfeições e tenho
medo de pessoas perfeitas, porque tenho convicção de que elas não existem. Sem
querer aqui fazer a clássica e tão falada distinção entre amigos e colegas – até
porque, na acepção restrita que se atribui ao termo, amigo não existe –, gosto
de ter amigos e do contato com eles. Gosto de conversar desinteressadamente,
apenas para conversar, porque isso me faz bem. Quem me conhece há mais tempo
sabe disso e o comprova, embora não seja necessário.
Às vezes, fico horas e horas na rede mundial
de computadores ou internet, como mais se usa dizer, conversando com pessoas
amigas pelo Messenger, pelo Facebook e pelo Orkut. É hoje um deleite que a tecnologia nos possibilita, sem
muito custo financeiro. Tenho, por isso, amigos de ambos os sexos de várias
partes do Brasil, com os quais mantenho contato diariamente, com alguns deles
até várias vezes por dia. Também gosto de pegar o telefone – fixo, ou celular,
não importa – e ligar, desinteressadamente, para pessoas amigas, apenas para
conversar. Não raro, faço ligações de 15, 20 minutos ou mais, somente para
conversar. Embora não seja rico, ouso fazer isso e o faço porque tenho
convicção de que se deve fazer o que gosta enquanto é vivo. Depois de morto,
ficam apenas as lembranças e lamentações, quando não as intrigas e disputas
patrimoniais. Credo!
Conversar, sorrir, brincar descontraidamente me
faz bem, como tenho certeza que faz bem a qualquer ser humano normal, porque é
ínsita à natureza humana a necessidade de comunicação, a necessidade da boa
conversa como diversão. É bom falar e ouvir, quando isso é feito com as pessoas
de quem gostamos, aquelas cuja presença, contato ou mesmo a simples lembrança
nos dá prazer. Tenho paixão, na acepção de que gosto imensamente, pelas pessoas
amigas, embora nem sempre seja correspondido ou, ao menos, compreendido.
Gosto, semelhantemente, de ajudar e ser
ajudado, quando há necessidade. Certamente por ser maçom, esse sentimento, a
cada dia, fica mais forte na minha vida, porque aprendi na Maçonaria que, com
cordialidade e à medida das minhas possibilidades, devo ajudar e amparar o
irmão maçom ou todo aquele que necessita da minha assistência. Não é, contudo,
necessário ser maçom para ter a obrigação de fazer o bem. Quem não pode fazer
bem, que, ao menos, não faça mal. Simples assim. Acredito nisso e, por
acreditar, o pratico quando posso e defendo sempre.
Tenho paixão pelas pessoas, embora não seja
tolo e até seja capaz de matar, se isso for necessário para defesa contra
injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem. A lei
penal brasileira e, mais do que ela, o direito natural me autoriza e até me impõe
fazê-lo como dever universal. Isso, todavia, é outra história. Um abraço
especial nos meus amigos e um beijo afetuoso nas amigas, hoje e sempre, porque
isso faz bem. Como alguém já escreveu belamente: “Tu te tornas eternamente
responsável por aquilo que cativas.”
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