Marabá (por enquanto, Estado do Pará), 27 de setembro de 2011, um dia de memorável sessão da Câmara Municipal, a sessão solene de comemoração antecipada do Dia Nacional do Idoso, que é comemorado em 1.º de outubro de cada ano, conforme o artigo 1.º da Lei Federal n.º 11.433, de 28 de dezembro de 2006. Sessão solene requerida pelos vereadores Júlia Maria Ferreira Rosa Veloso e Ronaldo Batista Chaves, o Ronaldo Yara, meus amigos.
Louvável iniciativa, pois foi, como eu disse, uma sessão memorável! O Plenário “Dr. Demósthenes Azevedo” estava lotado de pessoas da chamada terceira idade, que eu, particularmente, gosto mesmo de chamar, com o maior respeito e profundo carinho, é de velhinhos. Sim, o plenário estava lotado de velhinhos, com suas cãs para mim extremamente atraentes, porque a prova incontestável de, não raro, muito sofrimento, mas também muita sabedoria pelos anos já vividos.
Infelizmente, é da nossa cultura o menosprezo ao ancião, em lugar do merecido respeito, valorização e dignidade. Eu, contudo, sempre tive um carinho todo especial com as crianças, as pessoas idosas e as mulheres, não necessariamente nessa ordem. Também com os meus cachorros, aliás, com meus cães e cachorros (etimologicamente, há diferença entre cão e cachorro), embora isso de cães e cachorros seja assunto para outra crônica.
Pois bem. Muitos idosos, a maioria com camisetas amarelas e dizeres alusivos à participação nas conquistas de Marabá, os quais demonstraram muita alegria no decorrer da sessão, em face da manifestação dos vereadores que assomaram à tribuna. A despeito de não os conhecer, vi, emocionado, a ilustre vereadora Júlia Rosa citar da tribuna, com especial carinho e muita nostalgia, dona Nazinha e seu Juvenal, moradores da Marabá Pioneira no passado já um pouco remoto.
Na Marabá Pioneira – que, para mim, será sempre somente Marabá –, dona Nazinha era costureira e seu Juvenal consertava geladeiras, geladeiras a querosene de então, registre-se de passagem. Puxa vida! Saudosista e nostálgico sempre, tive, sinceramente, vontade de chorar por causa da saudade imensa devida à ausência sempre doída do meu pai e da minha mãe.
Meu pai, seu João Belizário de Souza – como registrei há alguns anos na crônica “Ab imo pectore, meu pai”, já é falecido e minha mãe – viva, mas muito alquebrada – mora com minha irmã caçula Ednalva e meu cunhado Zeca, aqui em Marabá, mas a rotina do dia a dia me faz ficar, quase sempre, distante, ausente. Demais disso, minha mãe nos deixa tristes porque resiste, no mais profundo significado da palavra, a coisas como ir ao médico ou mesmo sair de casa para qualquer outro assunto.
Saí de casa meio triste, porque, por causa dos compromissos daqui, foi-me impossível comparecer a Novo Repartimento, onde, à noite, palestraria como membro da Equipe Mundial (World Team) da Herbalife, mas a sessão da Câmara me fez ficar alegre. Iniciativas como essa e outras semelhantes me dão orgulho de ser servidor da Câmara Municipal de Marabá, a despeito de muitas coisas e situações que me desagradam profundamente. Parabéns a todos os amados velhinhos de Marabá e do Brasil, pelo Dia Nacional do Idoso!
Um comentário:
Como sempre, o Dr. Valdinar continua sendo um grande conhecedor das leis.
Eu nunca havia me interessado por esse caso, mas, lendo sua postagem sobre o assunto, me tornei curioso sobre o mesmo.
Parabéns pelo discorrer do tema.
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