São
19h47. Noite de 3 de agosto de 2024, ainda verão para nós. Não chove, há vários
dias, e tudo está muito seco. Isso, contudo, é apenas o registro, pois é
natural que esteja assim. Nada de anormal, graças a Deus. Aliás, isso também é
apenas o registro que faço da minha crença, que é tal qual a de milhões.
Existem os outros que não creem nem pensam assim. O que não é problema para
mim. Crença, desde que inofensiva a terceiros, não se discute ou, pelo menos,
não se deveria discutir. A liberdade de crença não deve servir para prejudicar.
E, por trivial que seja, isso também, mais uma vez, é só um registro.
Falta
de assunto para cronicar? Que nada. Há muitos assuntos, assuntos em demasia. Eu
é que não estou nem aí para eles. Não quero saber. Gosto mesmo, de vez em
quando, de escrever por escrever. Baboseira, se alguém assim pensa. Quero
apenas cronicar sem compromisso. Como diz a lição de Leandro Konder, no livro As artes da palavra: elementos para uma
poética marxista: “Cada cronista imprime seu estilo próprio, sua maneira
particular de ver fatos curiosos, de se divertir e divertir os leitores.”
Terminaram
as férias de julho e voltaram as aulas. Correria de novo para muita gente, para
mim inclusive. Na segunda-feira, dia 5, começarão minhas aulas do quinto
período de licenciatura em Letras. Hoje, sábado, houve convenções partidárias
em vários municípios, conforme o calendário das eleições municipais de 2024.
Gente boa e gente ruim. O nome convenção, notadamente no plural convenções, já
é bem sugestivo, se é que você me entende. Em breve, os pedidos de registro de
candidatura. Correria. Mentiras. Conchavos. Fake
news. O diabo a quatro, como dizem. Já sabemos.
Novidade
que me interessa mesmo e espero que interesse a muitos: chegou meu livro de
crônicas, Crônica e café à sombra do
cupuzeiro, da Scortecci Editora! A compra pode ser diretamente do autor,
assim como das livrarias da editora e das livrarias conveniadas, com retirada
na livraria ou recebimento pelos Correios. Semelhantemente, quem compra do
autor recebe pessoalmente ou, se mora em outra cidade, pelos Correios. Comprar
diretamente do autor tem a vantagem de receber com dedicatória e autógrafo.
Isso tudo, porém, evidentemente, é só um registro.
Como
para Rubem Braga, na crônica “Um pé de milho”, a vinda a lume de Crônica e café
é o assunto mais interessante. Para mim e para os meus leitores. Assim, bem que
eu pudera ter começado como começou Rubem. Ele ao, entusiasticamente, noticiar
que seu pé milho pendoara, começou a famosa crônica assim: “Os americanos,
através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser
emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de
milho.” Pois bem, mudando o que deva ser mudado, digo o mesmo do livro.