domingo, 28 de fevereiro de 2010

Diálogo de amor

conquanto em parte me repetisse,
sagaz e sensualmente, você me disse:
– mas... basta sentir.
lógico! muito arguta, bem me entendera,
pois, antes de lhe ouvir,
resignado, lhe dissera,
a sucumbir pelo sofrer que me devasta:
– é suficiente. isso basta!
depois, a refletir sobre o assunto,
ansioso e triste, lhe pergunto:
– será?...
usando a força que esconde,
resoluta, você me responde:
– não sei! só o tempo dirá...
e, dizendo não à dúvida atroz,
o sussurrar concomitante que vem de nós:
– amemo-nos! para que esperar?

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