quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Necrológio de Benedito Barbosa Macias




Meus Amados e Poderosos Irmãos!

Nascido em 9 de fevereiro de 1948, falece hoje, 20 de outubro de 2015, nosso Ir Benedito Barbosa Macias. 

Foi da vontade e santos desígnios do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, o Criador, Senhor e Mantenedor do Mundo e Suas Criaturas Morais, que nós, maçons do quadro da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Firmeza e Humanidade Marabaense” n.º 6, da jurisdição da Mui Respeitável Grande Loja do Estado do Pará, estivéssemos aqui, como estamos, nesta hora, em cerimônia fúnebre de Velório Corpo Presente, pranteando o desenlace do nosso amado Ir Benedito Barbosa Macias, e que fosse eu o Orador da Oficina, como sou. Sim, foi este o desígnio do Grande Arquiteto do Universo. Cumpro eu, pois, o meu dever de Orador, conquanto me sinta nesta hora tão pequenino para a tarefa diante da grandeza do irmão falecido, tanto maçônica quanto profanamente falando. Dever, doloroso dever, ninguém o olvide. 

Maçom valoroso, natural de Goiás, de boa estirpe, marido amoroso e pai extremado, Benedito Barbosa Macias nasceu no dia 9 de fevereiro de 1948, filho de Lourival Augusto Macias e de Raimunda Barbosa Macias. Nasceu, cresceu e viveu toda a sua vida – inescusável deixar de falar –, grande parte dela dedicada, carinhosa e zelosamente, à Sublime Ordem, à Arte Real, como exemplo de pedreiro-livre a ser copiado e seguido orgulhosamente por todos nós.

Casado, em 24 de setembro de 1977, com a jovem Senhorita Ilda Noceti – agora nossa vitalícia cunhada Ilda Noceti Macias – deixa órfãos de pai os nossos amados sobrinhos Benedito Barbosa Macias Filho e Brenda Macias, aos quais, com o inestimável auxílio da não menos dedicada e virtuosa esposa, sua ajudadora fiel, criou zelosamente e encaminhou na vida, fazendo-os verdadeiros cidadãos do Pará, do Brasil e (por que não o dizer?) do mundo.

Era educado, falava baixo e mansamente. Dedicado à busca do conhecimento, estudou até o ensino superior incompleto e se dedicava sempre ao estudo de assuntos maçônicos. Como profissão, exerceu a mercancia, dando assim, de forma ordeira, a sua contribuição econômico-social para nossa cidade, nosso Estado e nosso país. Era, por excelência, como deve ser todo maçom, um exímio e meticuloso cumpridor de seus deveres, tanto maçônica quanto profanamente falando.

Iniciado nos augustos mistérios da nossa Sublime Ordem, em 6 de abril de 1986, aos 38 anos de idade, foi elevado a Companheiro Maçom em 24 de outubro de 1986 e exaltado Mestre Maçom em 13 de maio de 1987. Na Maçonaria exerceu, zelosa e brilhantemente, quase todos os cargos, tanto na Maçonaria Simbólica quanto nos demais corpos, comumente chamados de Graus Filosóficos ou Altos Graus. Foi iniciado no Grau 1, como Aprendiz Maçom, e galgou até o último dos graus – o Grau 33, Grande Inspetor Geral – do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil.

Era dedicado ao extremo à ritualística, qualidade sua que confessadamente sempre admirei. Era um professor de nós! Faleceu como Venerável de Honra da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Firmeza e Humanidade Marabaense” n.º 6, e, nos Graus Filosóficos, como Grande Inspetor Litúrgico da 3.ª Região do Estado do Pará do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil. Era maçonicamente – repito – o professor de todos nós, que, nesse aspecto, ficamos todos órfãos e mais pobres.

A Maçonaria, meus amados e valorosos irmãos, é, como todos nós sabemos, Deus, Pátria e Família, e o nosso Ir Benedito Barbosa Macias cumpriu como maçom seus deveres em todos esses sentidos. Teve a sua fé, professando a sua religião, conforme os livres ditames de sua consciência. Serviu e honrou sua pátria, pelas efetivas atividades em sua cidade e seu Estado. Foi filho, foi marido, foi pai, foi dedicado e valoroso em todos esses misteres. Não tenhamos jamais dúvida disso! 

Executa-se, mais uma vez, a sentença prolatada lá no Éden por causa do pecado de Adão, conforme atesta o Livro da Lei, em Gênesis 3.19: “Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris.” (“Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó tornarás.”) É o curso natural da vida. 

Vá, meu Ir Benedito Barbosa Macias, para o lugar que lhe está destinado na eternidade! Aqui ficaremos nós, tristes e saudosos, enquanto nos permitir o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus! Seu nome, sua pessoa, sua lembrança e suas obras continuarão sempre conosco, porque estão em nossa mente e em nosso coração. Until the end of times! (Até o fim dos tempos!)