domingo, 15 de maio de 2011

Obreiro da Arte Real


Incessante e secreta é a grande luta
De  quem labora no sigilo da Arte Real.
Vencer antes a si mesmo é a disputa
Do construtor incansável do edifício social.

Com firmeza e honestidade na atitude,
Sem medir qualquer sacrifício,
Vive  ele a erguer templos à virtude
E a cavar masmorras ao vício.

Na vida, o maior prazer de que desfruta,
Sem buscar para si outro  proveito,
É o polir  incessante da pedra bruta.

Reconhece, dessarte, despido de arrogância:
Sou homem e, por isso, imperfeito.
E renega o preconceito, o vício  e a intolerância.

Nenhum comentário: